Standing With Israel - IV
A Longa Caminhada de um Povo
A História do povo Judeu deveria ser estudada de modo honesto em todo o mundo porque é uma verdadeira inspiração para a Humanidade. Nenhum outro povo foi tão perseguido e vítima de sucessivos massacres e, ainda assim, conseguiu sobreviver ao longo de cinco mil anos, mantendo a mesma esperança e a mesma determinação, a mesma vontade em evoluir e amar a vida. Nenhum outro povo foi tão torturado, escravizado, despojado de todos os seus bens, ostracizado e falsamente acusado como os Judeus. Nenhum outro povo conseguiu manter a mesma identidade ao longo dos tempos. Nenhum outro povo contribuiu tanto para o resto da Humanidade, apesar de constituírem apenas cerca de 0,2% (dois décimos de um por cento) da população do planeta. Nenhum outro povo passou pelos mesmos horrores e conseguiu manter a resiliência e a determinação e lutar por um mundo melhor, para si e para todos os homens de boa vontade. Os Judeus nunca foram um fardo para os países onde viveram. Pelo contrário, contribuíram sempre para o bem comum de cada nação, sem nunca esquecerem quem são.
O poema que se segue fala da longa caminhada do povo Judeu, dos obstáculos que teve de vencer e dos inimigos que persistem. É dedicado a todos os Judeus, aos que vivem em Israel, a sua terra ancestral, e aos que vivem espalhados pelo mundo e hoje voltam a sentir o aguilhão do ódio irracional. Ao contrário da ideia errónea propagada pelos profissionais do ódio, ser um “povo eleito” não significa ser um povo privilegiado ou que se considera superior; ser um “povo eleito” significa antes ser um exemplo de sobrevivência ao sofrimento numa longa caminhada pela vida, sempre em direcção a algo melhor, um mundo melhor, uma verdadeira Humanidade. O mundo seria melhor se não persistisse em tentar eliminar os melhores, aqueles que são há milénios um exemplo de resiliência e dignidade para todos os outros povos.
Quem te mandou ser quem és
Frágil espírito puro sem idade
Criança por fora
Fio do tempo por dentro?
Quem se esqueceu de te mergulhar
O futuro incerto na dura memória da tribo
Dar-te a provar a totalidade da espera
De cada um dos teus dias incertos?
Resta-te nas veias a saga milenar
Único talismã que te protege da mentira
Estigma de que só escondendo quem és
Poderás talvez ser e proteger-te
Dos dardos, das lanças
Dos alfinetes que te espetam no rosto
Tinhas direito a tudo
Não podes ter nada
Tu és o tabu
Tu és o ser proibido
Ainda bem que ainda não sabes
Que esse é o fado do teu povo antigo
Uma humanidade de seres proibidos
Foste a primeira a circum-percorrer
As estradas e as veredas das nações
Em vão mudaste o nome, calaste a língua
Antiga como o primeiro deus solitário
Entre estranhos tens de ser
Mais estranha do que eles
Estrangeira na tua própria terra
Em todas as terras onde buscaste refúgio
E paz e tempo para rememorares
A história passada, a história futura
Cada dia é uma esquina
Que não revela quem te espera
Na outra rua, sempre um beco sem saída
Será um édito de morte?
Será uma fogueira?
Será um gueto ainda mais escuro?
Será mais um libelo de sangue?
Será a loucura da humanidade
Que não quer ver-te, viva ou morta
Por trás das mil máscaras
Com que te mata vez após vez
Com que te cobre de culpas
E ignomínia bem planeada?
Uma teia de mentiras
Em que querem por todos os meios
Aprisionar-te e impedir-te de seres quem és
Ser antigo peregrino, centelha encarcerada
Que nenhum tempo nem nenhuma mão humana
Poderá apagar da face do tempo…
Eles não sabem nem sonham como são vãos
Os desígnios do seu incurável mal…
São Ludovino, 29/4/2024
Untitled by by Yasuhiro Ishimoto (1921 - 2012).
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