Standing With Israel - V
QUANDO OS COBARDES UIVAM
Neste tempo coube o que não mais era esperado
A rósea alba rasgada pelo astuto trovão do infernoO nirvana consumado por instantes
Na respiração acorde após acorde
Interrompido pelos uivos sedentos de sangue
Neste tempo, os minutos estenderam-se
Por montanhas distantes desertas incertas
E desertos em expansão, feras a galope
Cercaram-nos no abrigo-cela contraído
Sobre os gritos que o querem romper calados
Lá fora, o tambor que anuncia a cilada
No auge da caçada estava mais calado ainda
Soou apenas no silvo da bala-uivo
Na explosão que acaba
Quando acaba quem já não a pode ouvir
E ainda sobre os corpos mornos
As mãos do deus-monstro
Prolongadas nas garras dos seus servos
Cravam o ódio, cravam o gume insaciável
Na morte que continuam a matar
Até que todos os gritos se calem
E o deus-monstro os coroe com o vazio
Em que nasceram e pereceram
Sem jamais conhecerem o espírito
Sem nunca se cruzarem com a mais leve
Respiração da vida…
São Ludovino, 13/5/2024
Ruth
Orkin, Jewish Refugees, Tel Aviv, 1951.

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